Um estudo feito recentemente pela Universidade de Nova York demonstra que os eventos positivos do cotidiano, como o reconhecimento pelo desempenho no trabalho ou um convite para jantar, estimulam a produção das células de imunidade do organismo. E esse efeito dura 48 horas. Por outro lado, os eventos negativos, como ser criticada ou não ser incluída em uma atividade de que gostaria de participar, suprimem as células de imunidade, mas por apenas 24 horas. Isso indica que o impacto positivo da felicidade no sistema de imunidade é mais poderoso do que o negativo. Adicionalmente, pesquisas posteriores indicam que a redução das experiências positivas torna a pessoa mais vulnerável a ficar doente do que um aumento no número de situações negativas. Como as reações às situações positivas duram o dobro das negativas, teoricamente é possível criar um reservatório de imunidade mantendo 50% das nossas experiências positivas. Portanto, se a chuva interferir com o seu jogo ao ar livre, leve o time para jogar boliche. Ou, se a reunião no trabalho vai impedir que você veja o seu show favorito, providencie para que seja gravado. Pense que a maneira como lida com as pequenas coisas do dia-a-dia pode ser o seu salva-vidas imunológico.
As fobias podem se manifestar de diversas formas, mas a tendência é a pessoa desenvolver medo do medo. Ela teme perder o controle e sofrer danos físicos (ataque cardíaco) ou psicológicos (loucura). Geralmente as fobias ocorrem devido ao temor da pessoa de perder o controle. Naturalmente, as sensações físicas de pânico podem fazer com que se sinta descontrolada. Isso aumenta o nível de ansiedade rapidamente, fazendo com que suas reações fisiológicas e emocionais (taquicardia, dificuldade para respirar) se agravem. É importante que a pessoa saiba que os sintomas são um alarme falso a uma situação que não é de perigo, embora possa até ser interpretada como tal. O fóbico precisa aprender a dominar sua ansiedade, reconhecendo que o seu medo é tolerável, não perigoso, e que eventualmente desaparacerá.
Sim, o stress é um fator decisivo em muitos casos de hipertensão. A pressão arterial é considerada alta quando ultrapassa os 140 por 90, aumentando o risco de derrame, problemas renais ou cardiológicos. Outros fatores como colesterol elevado, consumo de tabaco e bebidas alcoólicas, alto nível de stress e vida sedentária aumentam em até 12 vezes as chances de ataques cardíacos. As pessoas que tendem a reagir aos estímulos externos com mais freqüência ou com mais intensidade correm mais riscos. O coração responde melhor à pressão alta constante do que às freqüentes oscilações.
Uma pesquisa realizada pela Universidade do Texas Tech, EUA, investigou o gerenciamento do estresse e seu efeito na dor crônica baseada em técnicas de relaxamento. Os pesquisadores acreditam que as drogas prescritas para o tratamento da dor freqüentemente se tornam ineficientes com o decorrer do tempo. No entanto, quando os pacientes aprendem técnicas de controle mental, tendem a manter o benefício. Os resultados indicam que o método mais eficiente para o controle da dor é o uso de medicamento e a prática regular de relaxamento. Na pesquisa, as pessoas praticaram uma meditação budista juntamente com exercícios de yoga para aprender a monitorar suas reações fisiológicas e emocionais. Após um ano no programa, 79% dos pacientes que sofriam de dor pelo menos por seis meses, revelaram que a dor havia diminuído e 98% deles disseram que haviam desenvolvido maneiras mais eficazes para lidar com as pressões cotidianas. O objetivo do estudo foi reduzir o uso excessivo de medicamentos e difundir a adoção de um tratamento multidimensional.
Muitas vezes a pessoa pertence a um grupo social ou tem um relacionamento porque se sente pressionada pelas normas sociais. Ela tende a se sentir culpada quando prefere ficar só. Geralmente, isso ocorre porque a ênfase da sociedade é nas relações interpessoais. É claro que a pessoa não pode viver completamente alienada de relacionamentos pessoais. Mas a escolha de passar algum tempo só não é patológica. Particularmente nos Estados Unidos, Canadá e Europa Ocidental há uma tendência cultural de achar que há algo errado com as pessoas que preferem estar sozinhas. Na verdade, precisamos de momentos onde não estamos absorvendo informação. Estamos sempre dependendo de estímulos externos. O medo das pessoas de passar momentos sem estímulos sonoros é baseado no seu medo de enfrentar seus próprios pensamentos. Em geral, elas ignoram suas emoções, preferindo distrair os pensamentos do que as aflige. O professor de psiquiatria Arnold Modell, da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, disse que "as pessoas precisam manter espaço para si mesmas que não envolva outras pessoas ou estímulos externos".