Nathany Vieira Silva¹, Sarah Fernanda Gonçalves de Oliveira¹, Patricia Leite Alvares Silva², Gabrielly Craveiro Ramos², Talita Pereira de Maria¹, Maysa Ferreira Martins Ribeiro¹
Introdução
Dentre as condições crônicas que incidem na infância, a paralisia cerebral é a causa mais comum de deficiência, com prevalência de 2 a 3 por 1000 nascidos vivos. É um transtorno grave que causa grande impacto na vida da pessoa acometida, na dinâmica familiar, na sociedade e nas políticas públicas, por representar uma condição crônica, complexa e que gera custos elevados. A saúde física e psicológica dos pais, em especial a da mãe, principal responsável pela tarefa de cuidado, é influenciada pelo comportamento e necessidades dos filhos. O estresse vivido pelos genitores nas suas funções de pai e de mãe é denominado “estresse parental”. Fatores que modificam o estresse parental incluem: características dos pais/cuidadores; características da criança; funcionamento familiar e vínculo entre os pais e a criança; fatores sociais, como o acesso a suporte/apoio social; fatores sócio-econômicos e contexto cultural.
O objetivo deste trabalho foi selecionar, avaliar e analisar criticamente as publicações que tiveram como foco principal estudar o estresse parental vivenciado pelos pais/cuidadores de crianças com paralisia cerebral.
Metodologia
Trata-se de uma revisão integrativa, sendo esta um método de revisão de literatura, que permite a busca, seleção, avaliação crítica e a síntese das evidências científicas. Identifica lacunas na literatura e direciona o desenvolvimento de pesquisas futuras. A busca foi conduzida na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), no período de janeiro a julho de 2011 e optou-se por selecionar estudos publicados no período de 1998 a 2011. No início da busca, foram identificados 153 títulos; inicialmente a seleção foi feita pelos títulos, eliminando-se os repetidos.
Resultado
Integraram a amostra desta revisão 13 artigos, todos publicados em inglês. Pais de crianças com paralisia cerebral apresentam nível de estresse maior do que pais de crianças sem deficiência e isto afeta a saúde deles. O apoio social, a satisfação com o papel de pai/mãe, o bom funcionamento familiar, o vínculo afetivo pai/mãe-filho, o apoio do cônjuge e o sentimento de participar ativamente da vida social contribuem para reduzir os níveis de estresse.
Considerações finais
A saúde dos pais de crianças com paralisia cerebral está comprometida pelos maiores níveis de estresse. Desta forma, profissionais da saúde devem oferecer uma atenção especial a eles.
Referências bibliográficas
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¹Discentes do Curso de Fisioterapia da Puc-Goiás.
²Docentes do Curso de Fisioterapia da Puc- Goiás.