¹Livia Patrícia Queiroz Dias, ²Glayce Rejane Felipe da Silva Lavnchicha
As constantes transformações no mundo do trabalho caracterizam-se hoje por mudanças tecnológicas e organizacionais, que exigem que o trabalhador, independente do tipo de organização, acompanhe este desenvolvimento adaptando se rapidamente ao novo contexto organizacional. Este cenário, de constante adaptação social, divisão de tarefas, encurtamento de prazos e responsabilidade excessiva, exige reações do indivíduo capazes de prejudicar sua racionalidade e de minar a saúde daquele que tem dificuldade em enfrentar pressões (ZANELLI, 1998). Para Mothé (2000), estes fatores possibilitam o desencadeamento de uma série de distúrbios na saúde mental do trabalhador e a rotina cada vez mais exigente provoca e agrava os níveis de estresse e problemas de saúde organizacional. Considerando o exposto, o setor de gestão de pessoas de uma empresa publica de pesquisa agropecuária, visando a saúde ocupacional dos empregados, realizou investigação sobre stress ocupacional na organização, utilizando na pesquisa, no primeiro momento, o EVENT e o questionário tipo Likert. Com base no resultado (Estresse geral em 36% da população pesquisada) foi possível observar a relação entre a vulnerabilidade ao estresse, estilo de vida e os sintomas de adoecimento, e a partir destes dados, foram implantadas ações estratégicas voltadas a minimizar o stress ocupacional. No segundo momento da pesquisa, para aprofundar a investigação quanto às diversas sintomatologias identificadas, utilizou-se o inventário de sintomas de stress para adultos de Lipp (ISSL) que possibilitou a identificação das fases de stress e qualidade desta reação do organismo (se positivo, ideal, ou negativo) em que os empregados se encontram. A partir dos resultados obtidos, a empresa que possui políticas organizacionais de qualidade de vida e saúde aos empregados, implantou ações ao combate do stress ocupacional que já apresentam indicadores positivos e que podem servir como exemplos a serem implementados em outras organizações.
Referências bibliográficas
ZANELLI, José Carlos e Cols. Estresse nas Organizações de trabalho: Compreensão e intervenção baseada em evidencias. Porto Alegre: Artmed, 2010.
LIPP, Marilda Emmanuel Novaes. Manual do Inventário de Sintomas de Stress para Adultos de Lipp (ISSL). São Paulo: Casa do Psicólogo, 2000.
ROSSI, Ana Maria; Perrewé, Pamela L; Sauter, Steven L e Cols. Stress e Qualidade de Vida no trabalho: perspectivas atuais em saúde ocupacional. 1ª ed. São Paulo: Atlas, 2010.
1Psicóloga, analista de desenvolvimento humano e social da Embrapa Amazônia Oriental.
2Pedagoga, Analista de desenvolvimento humano e social e Supervisora do Setor de Gestão de Pessoas da Embrapa Amazônia Oriental.